Tradicional por reunir poetas, escritores, pensadores e comunidade em um mesmo lugar, a Festa Literária das Periferias (FLUP) chega a sua 9ª edição repleta de novidades. Dessa vez, o Festival se reinventa, embarca no universo do streaming e rompe as barreiras geográficas propondo um diálogo importante não só para o Brasil. Esse ano, o evento acontecerá de 29 de outubro a 08 de novembro, com mesas acontecendo no Rio de Janeiro, mas também com debates em outras seis cidades espalhadas mundo.
Nesse contexto torna-se de extrema importância a colaboração com o Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro, responsável pela presença da filósofa, pensadora, professora e ativista feminista italiana Silvia Federici. Silvia participará dia 08 de novembro ás 19h do encontro Em que corpos pensamos quando falamos em Feminismo? com Yuderkis Espinosa e mediação de Silvia Capanema.
Silvia Federici
Cresceu na Itália e viajou para os Estados Unidos em 1967 para estudar Filosofia na Universidade de Buffalo.
Em 1972, Federici participou da fundação do Coletivo Feminista Internacional, organização que lançou a campanha internacional Wages For Housework (WFH) a favor do salário pelo trabalho doméstico. Com outros membros da organização como Mariarosa Dalla Costa e Selma James, e com autoras feministas como Maria Mies e Vandana Shiva, Federici tem sido instrumental no desenvolvimento do conceito de reprodução como chave para as relações de classe de exploração e dominação em contextos locais e globais, bem como no centro das formas de autonomia e os comuns.
Nos anos 80 deu aulas na Universidade de Port Harcourt na Nigéria, e foi cofundadora do Committee for Academic Freedom in Africa, organização dedicada ao apoio às lutas dos estudantes e professores da África contra os ajustes estruturais das economias e os sistemas educativos. Também é membro da associação Midnight Notes Collective.
De 1987 a 2005 foi professora de Estudos Internacionais, Estudos Femininos e Filosofia Política na Universidade Hofstra de Nova York, publicando uma série de trabalhos neste campo, incluindo o aclamado Calibã e a Bruxa: a Mulher, o Corpo e a Acumulação Primitiva (2004) traduzido em numerosos idiomas. O livro detalha a relação entre os julgamentos de bruxas europeias dos séculos XVI e XVII e a ascensão do capitalismo, destacando a relação contínua entre a opressão e a acumulação no desenvolvimento capitalista.
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Realização:
Flup
Colaboração:
Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro
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Flup 2020: Em que corpos pensamos quando falamos em Feminismo?, debate com Silvia Federici e Yuderkis Espinosa
Data: 08 de novembro de 2020
Orário: 19h
Lugar: Facebook e Youtube (Online)
Ingresso: Gratuito